top of page
Carta Everton

Se todos os problemas fossem assim.

 

 

Poucas vezes vamos ver uma atendimento e ela não vai estar com as mãos cheias de problemas.

 

É da natureza da função.

 

Dividir com a criação os problemas vindos do cliente, entender como lidar com os problemas que a criação levanta sobre o job. Problemas de prazo. Problemas de produção. Problemas de briefing.

 

Problemas.

 

Pois foi justamente assim, no meio de tantos problemas, que a Rebeca chamou minha atenção.

 

Chegou em minha mesa. Eu olhei de cima a baixo e nada. Nenhum problema. Nadinha.

 

Na hora pensei que alguma coisa só podia estar errada. Muito pelo contrário. Algo estava muito certo.

 

É lógico que nós tínhamos milhares de coisas pra resolver. Algumas bem complicadas, diga-se de passagem. Mas nas mãos dela os problemas se transformavam no que eles deveriam ser sempre: questões.

 

Questões que precisavam ser pensadas e resolvidas. De repente, uma menina estava colocando os problema no seu devido lugar.

 

Na maneira como explicava. Na maneira como ouvia. Na maneira como trazia soluções, como buscava respostas. Sempre com um sorriso no rosto. Sempre com  a voz leve. Mesmo quando alguém estava nitidamente tentando criar problemas. E todos sabemos como isso acontece.

 

Mas bastava um de nós se distrair um pouquinho e pronto. O problema já tinha se transformado no que deveria ser. Uma questão que a gente logo resolveria juntos. Com um sorriso no rosto e a voz leve.

 

Ah, se todos os problemas fossem assim.

Diretor de Criação

bottom of page